A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Minas e Energia do Pará (Sedeme) participou de reuniões durante essa semana, junto à Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), com representantes de uma empresa fabricante de uma larga linha de cosméticos. Os encontros foram para discutir a logística, viabilidade e políticas de incentivos fiscais na instauração de uma fábrica de extratos na região do Marajó, para a produção de óleos essenciais da Amazônia e de produtos derivados do arquipélago marajoara.
A Fio Forte Industria de Cosméticos e Extratos Vegetais é oriunda do Estado de Minas Gerais e possui 18 anos de atuação no mercado com mais de 250 produtos em circulação, entre eles o estimulante de crescimento capilar “Imecap Hair”. A empresa já utiliza compostos químicos de origem paraense, porém, são adquiridos de terceiros e, por isso, à preços mais elevados, desenvolvendo dessa maneira, um interesse estratégico na instalação de uma indústria na região da ilha.
A atração do negócio ao Estado, especificamente na Vila Joanes, localizada no município de Salvaterra, poderá gerar cerca de 300 postos de empregos diretos e indiretos, além de proporcionar uma maior visibilidade ao Pará e despertar mais interesse da iniciativa privada pela capacidade dos mais diversos mercados que a região paraense consegue proporcionar. “Nós temos um potencial muito grande para abraçar esse tipo de iniciativa aqui no nosso Estado. Certamente a chegada desta empresa engrandecerá ainda mais isso e poderá gerar oportunidade de empregos a muita gente da região do Marajó”, reforça Carlos Ledo, secretário adjunto da Sedeme e que está à frente, junto à Codec, das tratativas que vem sendo realizada com a companhia interessada.
O papel da Sedeme nesse processo de conversação com os titulares da marca, tem sido apresentar, com o apoio da Secretaria Operacional da Comissão da Política de Incentivos Fiscais (Secop), que compõe o órgão, todos os benefícios e apoios institucionais que poderão ser usufruídos pela indústria, em concordância com a legislação do Estado e com critérios básico referente a agregação de valor, empregos diretos, inovação e sustentabilidade que, inclusive, é um dos lemas da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia. Uma dessas políticas é a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) no fornecimento, em operações internas, de insumos e na energia elétrica utilizada no processo produtivo, conforme o decreto assinado em março deste ano pelo Governador Helder Barbalho.
Os próximos passos que irão definir, ou não, a implantação da indústria, segundo a Fio Forte, será o serviço de geomapeamento da região, para que os interessados conheçam a fundo os ativos exclusivos da Amazônia disponíveis para a produção.