Representantes de duas empresas do sudeste do Brasil, que atuam nos setores de cosméticos e embalagens plásticas, foram recebidos por órgãos do Estado do Pará nesta quarta-feira (02), na Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), para a apresentação das oportunidades de negócios na região paraense. Ambas possuem o interesse de se instalar em Joanes, no arquipélago do Marajó
A visita foi mediada pelo secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo, que, com o apoio do Coordenador da Diretoria de Desenvolvimento da Industria, Comércio e Serviço (DDICS), Mauro Barbalho, e do secretário operacional da política de incentivo (Secop), Danilo Gonçalves, apresentou os incentivos fiscais do Pará voltados à indústrias instaladas na região marajoara do Estado, que preveem a possibilidade de isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no fornecimento, em operações internas, de insumos e na energia elétrica utilizada no processo produtivo, graças a um decreto assinado em março deste ano pelo governador Helder Barbalho. Também foram apresentados todos os benefícios e apoios institucionais que poderão ser acessados pela empresa de acordo com a legislação estadual e com alguns critérios básicos como agregação de valor, empregos diretos, inovação e sustentabilidade. “Esta demanda é de extrema importância, uma vez que possui total consonância com a expectativa do Governo em gerar mais emprego e renda para a Região do Marajó, tendo em vista o interesse das empresas de se instalarem naquela Região e ainda fomentar a industrialização de insumos regionais”, considera Carlos Ledo.
“Os projetos tem grandes potenciais e estão alinhadoa às diretrizes do Governo Estadual para o desenvolvimento econômico, atendendo o objetivo de desenvolver a cadeia produtiva baseada na biodiversidade, com tecnologia e sustentabilidade”, explica o diretor de atração de investimentos e negócios, Manoel Ibiapina, que participou do encontro em nome da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), órgão público com a função de atrair investimentos para o Estado e gerenciar os distritos industriais da região. Ele ponderou ainda que, para além da produção de matéria-prima, uma das principais diretrizes do Governo do Pará no campo econômico, é industrializar a produção, por isso enxerga com significativa importância a implantação dessas duas fábricas em território paraense.
O Banco do Estado do Pará (Banpará), agente financeiro local, também esteve presente e mostrou ao grupo empresarial mineiro, o suporte financeiro e as carteiras de serviço, crédito e fomento, comercial e câmbio, que as empresas que pleiteiam abrir negócio no Marajó, poderão dispor. “Nossas ferramentas são destinadas a atender tanto o pequeno, como o produtor rural, que é quem cede a matéria prima as indústrias, quanto o grande, que nesse caso são as empresas que aqui estão presentes”, explica Dalila de Sousa, gerente geral da agência empresarial em Belém, que também reforça o papel do Banpará como um estimulador financeiro afim de viabilizar essa integração público privada dentro do Pará.
Uma das empresas que almejam um espaço empresarial em terras paraenses é a Fio Forte Industria de Cosméticos, fábrica com 12 anos de atuação, trabalha com extratos para a produção de óleos essenciais da Amazônia e de produtos derivados da ilha marajoara. O CEO da fábrica, José Antônio de Almeida Andrade, conta que a relação com o Pará já é antiga e estratégica, “ Nós já utilizamos compostos químicos de origem paraense, mas atualmente são adquiridos de terceiros, o que onera o produto final”. O executivo também manifestou a satisfação que vem sentindo durante as tratativas e acredita que a parceria será confirmada nos próximos dias.
Para o produtor de embalagens plástica da Padre Liberio Embalagens, outra firma mineira interessada nos atrativos fiscais que o Estado proporciona, o recorte do estado mostra uma jovialidade e proatividade do cenário, demonstrando o interesse do Governo no desenvolvimento de fato, “ Eu achei que as possibilidades de trazermos nosso trabalho para o Pará são boas, os incentivos ao empresário hoje são fundamentais. Nós já temos o principal, que é o consumidor, agora precisamos avaliar a forma de implementar a chegada de insumo, de quantidades e etc. Eu achei fantástico o cenário local”
