Maior produtor de cacau do Brasil, com uma quantidade superior a 133 mil toneladas de amêndoas colhidas em 2019, o grande desafio do Estado do Pará atualmente é verticalizar a produção, beneficiando a matéria-prima do chocolate e garantindo o desenvolvimento de todo o processo produtivo no território paraense, com agregação de valor. Atento a essa necessidade, o Governo do Pará vem promovendo ações de incentivo ao desenvolvimento desta importante cadeia da economia paraense.
Nesta terça-feira (06), os secretários estaduais de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Carlos Ledo, e de Turismo, André Dias, além do secretário adjunto da secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Lucas Vieira, e do diretor de Atração de Investimentos e Negócios da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará, Manoel Ibiapina - este último representando o titular do órgão, Lutfala Bitar – participaram da reinauguração da minifábrica de chocolates Kakaw Chocolates da Amazônia, na Estação das Docas, em Belém.
Primeira fábrica de chocolates Bean to Bar (que permite o acompanhamento do processo de produção do chocolate da amêndoa até a barra) aberta ao público em Belém, o empreendimento conta com o apoio institucional do governo estadual, ao promover a agregação de valor ao cacau paraense e ao incremento que traz às opções turísticas dentro de um dos equipamentos turísticos mais importantes da capital paraense.
Foto: Alex Ribeiro/Ag.Pará
Apoio garantido - Segundo o titular da Sedeme, Carlos Ledo, o incentivo às iniciativas de verticalização das cadeias produtivas estratégicas para o Governo do Pará é fundamental. “Qualquer empreendimento que trate de verticalização do cacau conta com o apoio de todas as instituições do governo, pois o incentivo ao desenvolvimento econômico é o nosso principal objetivo”, afirmou o secretário.
Manoel Ibiapina ressaltou a estratégia e o alinhamento em torno do apoio a empreendimentos de verticalização do cacau no Pará. “O nosso objetivo é fomentar o desenvolvimento econômico alinhado às diretrizes do Governo do Pará, priorizando nossos maiores potenciais, como a cadeia do cacau, e pensando em verticalização, agregação de valor aos produtos. Tanto a Codec quanto a Sedeme, nesse sentido, trabalham para viabilizar os empreendimentos e incentivar o empresário local a desenvolver novos empreendimentos, enquanto a Sedap (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca) exerce o importante papel de movimentar o mercado por meio de feiras e eventos desse segmento”, explicou.
Expressividade - Segundo Júlio Lobato, da Kakaw Chocolates da Amazônia, a decisão de iniciar o empreendimento levou em conta a expressividade da produção de cacau no Pará e a grande possibilidade de oferta de matéria-prima para o desenvolvimento de seus produtos. “O nosso cacau é todo oriundo daqui do Pará, onde compramos amêndoa híbrida, por exemplo, vinda de Tomé-Açu, Mosqueiro (distrito de Belém) e Mocajuba, além da amêndoa intensa, da região de Altamira (na região oeste). Aqui, nós oferecemos uma experiência sensorial única, possibilitando que as pessoas conheçam todo o processo produtivo e criem mais afetividade com o chocolate do Pará”, ressaltou o empresário.
Foto: Alex Ribeiro/Ag.Pará
Segundo ele, a abertura do negócio ocorreu em março, mas por causa da pandemia de Covid-19 houve a necessidade de interromper as atividades. "Estamos retomando agora integralmente, após um período de interrupção em razão da pandemia, mas voltamos com essa proposta inovadora, em um importante ponto turístico do nosso Estado, a Estação das Docas, e já projetando chegar a pelo menos outras cinco regiões", adiantou.
Para o secretário André Dias, o desenvolvimento da cadeia do cacau e chocolate passa pelo reconhecimento, dentro e fora do Estado, da sua produção. “A gente vê com muita alegria esse empreendimento que está se instalando na Estação das Docas, o nosso principal equipamento turístico de Belém, e percebemos que ele conversa muito o que a gente tem trabalhado em termos de inovação, uma vez que agrega ao equipamento ao trazer o chocolate e o cacau - onde o Pará se destaca - para a prateleira, para que o paraense e o turista possam consumir de forma mais próxima, entendendo a origem do cacau, e representando mais uma opção de lazer para todos”, destacou.
Texto: Igor Nunes / Ascom Codec