Em reunião, ontem (quarta-feira), representantes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (SEDEME), junto ao Sebrae e uma empresa de cosméticos paraense, discutiram, na secretaria, possibilidades de incentivos a um projeto industrial que visa, entre outras coisas, a geração de emprego e renda por meio de um trabalho desenvolvido a partir de um ecossistema de negócios compartilhado, estimulando dessa forma, o desenvolvimento regional do Estado.
“Nós estamos aqui, pleiteando para que a gente tenha um projeto único, que junte os pequenos e que nos fortaleça e nos faça ter a oportunidade de crescer e de sair para o mundo com os produtos maravilhosos que nós temos e, ainda, elevando o nome do Estado na questão de sustentabilidade, e aí quando eu te falo a sustentabilidade, é da floresta, geração de empego e renda. E a gente pode ser um atrativo muito grande para o mundo por que nós somos verdadeiros, temos história, temos a floresta e o nosso trabalho faz com que ela permaneça de pé”, explica Fátima Chamma, diretora executiva da marca de cosméticos e perfumaria Chamma da Amazônia, empresa que está no mercado há 60 anos com linhas de produtos para uso pessoal, para ambiente, produtos para banho e corpo.
O projeto consiste numa de espécie de um complexo industrial do APL (Arranjo Produtivo Local) do ramo de Cosmético e Fitoterápicos da Região Metropolitana de Belém, onde, em um único lugar, haveria várias empresas que partilham dos mesmos preceitos produtivos e sustentáveis, trabalhando em um sistema de simbiose. Um dos grandes benefícios dessa ideia seria a diminuição dos impactos de produção e promoção do desenvolvimento regional utilizando matérias primas nativas. Entre outras palavras, seria a reuniu de iniciativas para estabelecer um modelo de negócio na região que priorize o ecossistema local.
Foto: Ascom Sedeme
“A gente sabe que precisa potencializar um projeto de uma empresa local, nós acreditamos, pela viabilidade do projeto, que sim, nós vamos conseguir gerar muitos empregos, gerar renda, com certeza vai ser um processo positivo para o Estado, por que nós estamos percebendo, dentro do escopo desse projeto, ele falando muito da sustentabilidade, e esse é o nosso foco aqui, sabemos que é possível produzir, que é possível desenvolver sem precisar degradar o meio ambiente e a empresa vem com essa proposta. Então nós ficamos muito felizes por trabalhar, por estar ouvindo um projeto tão bem elaborado, com uma visão técnica de pessoas que entendem do negócio, eu tenho certeza que o Governo do Pará sabe da missão, da importância e, juntos, com essas instituições, nós iremos ver esse projeto como uma referência para o nosso Estado e, provavelmente, uma referência até no Brasil”, pontua a diretora da Diretoria de Desenvolvimento da Industria, Comércio e Serviço da SEDEME (DDICS), Andrelina Lima.
O Sebrae Pará, que já apoia há um tempo a cadeia de cosméticos e fitoterápicos, também esteve presente na reunião e avaliou positivamente a iniciativa, “Hoje, estamos conseguindo realizar o que vem sendo planejado há anos, que é congregar um polo de cosméticos aqui no Estado, ou seja, mostrar o nosso potencial e produzir aqui dentro do nosso Estado través dos nossos insumos da biodiversidade”, afirma Georgiane Titan, analista técnica e coordenadora da área de saúde, beleza e bem estar do Sebrae.
“Recebemos a equipe do APL de Cosméticos e Fitoterápicos na SEDEME em 2019, na oportunidade tomamos conhecimento da busca incansável durante anos por apoio. Agora, chegou a hora de tirar este projeto "Raiz" do papel. Vamos aguardar os ajustes necessários que a Equipe do APL de Cosméticos e Fitoterápicos farão para que juntos, SEDEME, SEBRAE, BANPARÁ e CODEC apresentemos ao Governador. As indústrias paraenses com foco na Bioeconomia terão neste governo o apoio que merecem", Destacou o Coordenador de Desenvolvimento, Mauro Barbalho, sobre os próximos passos para dar andamento no projeto.