Demonstrar, por meio de programas e ações, o apoio do Estado ao setor industrial paraense é um dos principais objetivos do Projeto “Na Fábrica”, conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme). Nesta sexta-feira (25), equipe da Secretaria realizou visitas técnicas a três empresas no município de Abaetetuba, na região do Baixo Tocantins, ao lado de representantes da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) e Banco do Estado do Pará (Banpará).
“Nós temos esse projeto na Sedeme desde o início de 2019, chamado ‘Na Fábrica’, no qual os entes do Estado visitam o chão de fábrica, as empresas e as indústrias, com o objetivo de conhecer a realidade desses empreendimentos e oferecer o apoio para que se desenvolvam ainda mais. Viemos a Abaetetuba visitar a 100% Amazônia, uma indústria que ainda está em construção, apoiada pelo governo do Estado, e também as empresas Açaí Paraense e Palmitos Içara. Foi uma grata surpresa essa visita, porque percebemos que essas empresas têm projetos fantásticos, e que estão cada vez mais se desenvolvendo para diversificar a produção e gerar mais emprego e renda no Pará. Isso, para nós, é muito gratificante”, explicou o secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo.
As visitas começaram pelo complexo industrial da empresa 100% Amazônia, primeiro empreendimento a obter financiamento aprovado pela Sedeme, via “Crédito do Produtor”. A previsão de conclusão das obras de implantação é em abril deste ano.
A proposta do negócio é fabricar uma série de produtos a partir de iguarias tradicionais da Amazônia, informou a sócia-fundadora da empresa, Joziane Alves. “Com a nossa fábrica, vamos produzir muita coisa a partir de frutas amazônicas, como óleos, manteigas, guaraná, cumaru, enfim, tudo o que mantém a floresta em pé. Também vamos atuar na produção de itens a partir do açaí, como polpas, óleos e açaí em pó, comercializando para o mercado interno quanto para o mercado internacional. Na 100% Amazônia nós acreditamos que a floresta em pé é muito mais valiosa que desmatada. A nossa matéria prima virá de vários lugares, mas principalmente de Abaetetuba, como no caso do açaí, valorizando o papel do agricultor como grande embaixador da floresta. Estamos em Abaetetuba por vários fatores, entre eles a logística portuária (porto de Vila do Conde) e os números de IDH(Índice de Desenvolvimento Humano) na região”, informou Joziane Alves
O investimento na construção da fábrica, em uma área de 8 mil metros quadrados, ultrapassa R$ 11 milhões.
Açaí e palmito - Indústria de polpas, sorvetes, cremes e barras de açaí, a empresa Açaí Paraense abriu a programação de visitas da equipe técnica à tarde. A equipe de governo conheceu todo o processo de produção e colaboração da empresa com outra indústria que trabalha com a produção de palmito, a Palmitos Içara. Atualmente, a Açaí Paraense, localizada em Benevides (Região Metropolitana de Belém), já possui incentivos fiscais concedidos pelo Estado. A meta da empresa é pleitear incentivos ao governo também para a filial de Abaetetuba.
O empresário e sócio da empresa Açaí Paraense em Abaetetuba, Fradenildo Chagas, declarou ter ficado muito satisfeito com a visita da equipe do governo do Estado. “Agradecemos muito ao governo do Estado pelo apoio das secretarias, e quero destacar que estamos comprometidos com a nossa comunidade. Hoje, a Açaí Paraense, com a parceria da Palmitos Içara na produção nos momentos de entressafra do açaí e do palmito, está mudando a nossa história e priorizando a manutenção de empregos. Nós também queremos ajudar a qualificar o pequeno produtor, o ribeirinho, para melhorar a vida da gente nas ilhas. Nos preocupamos também com toda a cadeia produtiva, e para isso buscamos parceiros, como o governo do Estado e o município”, disse.
Jackson Ribeiro, proprietário da Palmitos Içara, explicou que a fusão é benéfica para as duas empresas, para a diversificação da produção e a manutenção de postos de trabalho. “Fizemos aqui uma parceria com a empresa Açaí Paraense no sentido de priorizar o bem-estar da comunidade e o desenvolvimento do município. Queremos aproveitar a mão de obra nos períodos de entressafra do palmito e do açaí, priorizando a geração de emprego e renda para ajudar a comunidade”, acrescentou.
Área social - Responsável por implementar projetos e serviços do governo na área social, a Seaster já enxergou oportunidades de ações em parceria com a Açaí Paraense. “É uma grande satisfação estarmos aqui, principalmente porque a Açaí Paraense é uma empresa que já tem o título de Empresa Cidadã, e isso abre portas para a comercialização não só no Brasil, mas também fora do País. No período de entressafra do açaí, além do palmito, podemos trabalhar as hortas sociais, além de avançar a qualificação de mão de obra, tudo com o objetivo de colaborar para que o negócio cresça cada vez mais”, frisou o secretário adjunto Miriquinho Batista.
Por Igor Nascimento (SEDEME)