O secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Paulo Bengtson, participou do 3º seminário com o tema “Ecossistema Amazônia: Bioeconomia, inovação, e agronegócio sustentável”, realizado nesta quarta-feira (28), das 9h às 17h, no auditório do Banco da Amazônia (BASA), em Belém, promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) e com o apoio local do Banco do Estado do Pará (Banpará).
Em sua 3º edição, o seminário faz parte de um ciclo preparatório, de quatro encontros, que antecede a 8ª edição do Fórum de Desenvolvimento, um dos maiores eventos do país sobre financiamento ao desenvolvimento sustentável no Brasil, que visa debater estratégias para as agendas de sustentabilidade.
O encontro, tem o objetivo de ampliar e regionalizar o debate sobre o plano ABDE de 2030 de desenvolvimento sustentável, permitindo a discussão de temas específicos das missões propostas no documento lançado em 2022, que analisa o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no país.
A presidente do Banpará e diretora da ABDE, Ruth Mello, realizou a abertura do evento ressaltando a importância do encontro considerando o momento atual, com a escolha da capital Belém para sediar o maior evento climático do mundo, a COP30 no ano de 2025. Ruth Mello destacou também a importância das ações de fortalecimento do Sistema Nacional de Fomento, responsável pelo desenvolvimento sustentável – econômico, social e ambiental do país.
“O sistema é essencial para as áreas prioritárias, atuando junto às micro, pequenas e médias empresas, setor público, habitação popular, setor rural e agropecuário e infraestrutura social e urbana”, acrescentou Ruth Mello.
O titular da Sedeme, Paulo Bengtson, em sua fala, reforçou o compromisso do Governo do Pará com a redução do desmatamento e o desenvolvimento econômico sustentável. “Desenvolver a Amazônia de forma sustentável esse é o nosso desafio. O Pará construiu um modelo de políticas públicas enfatizando um novo modelo de desenvolvimento, que envolve economia, pessoas e a floresta viva”, acrescentou.
Na ocasião, ele destacou também o sistema agroflorestal, desenvolvido no Estado, que contribui significativamente com a recuperação de áreas alteradas, promovendo a reconstituição das características do solo. “O Estado é destaque no cultivo do açaí, cacau, cumaru, dendê, banana, originários das boas práticas de produção. Temos o segundo maior rebanho bovino do país, portanto é possível crescer na agropecuária, que é a mola propulsora, sem desmatar. Na área da mineração, estamos em franco desenvolvimento. Queremos o desenvolvimento sustentável em todas as áreas, alinhados aos povos tradicionais e o equilíbrio do meio ambiente”, enfatizou o secretário.
Mesas redondas - Durante o encontro foram realizadas quatro mesas redondas, com debates sobre arranjos produtivos para economia sustentável e justa, sustentabilidade no campo e inovação na Amazônia. Além de apresentar, em primeira mão, o raio x das Instituições Financeiras de Desenvolvimento da Amazônia Legal.
Os debates contaram com a participação de especialistas e autoridades na temática, a exemplo da presidente do Banpará, Ruth Melo; o presidente do Banco da Amazonia, Luiz Cláudio Moreira Lessa; Silvia Rucks, coordenadora residente do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil; o supervisor de Agronegócios da Sicoob, Gustavo Bastos Soares; o diretor-presidente da Fundação Amazônia Legal, Marcelo Britto; e o especialista em Ciência, Tecnologia e Inovação BID, Michael Henessy.
Por Aldirene Gama (SEDEME)
Foto: Hermes Junior / Divulgação