Evento foi uma oportunidade de debater a implementação de políticas para o fortalecimento industrial, pautadas em práticas sustentáveis
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Paulo Bengston, participou, na terça-feira (17), em Brasília, do 1º Seminário Nacional de Política Industrial, com o tema "Neoindustrialização: Inovação e Descarbonização", promovido pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados (CICS), no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.
Na pauta de discussão, temas como a implementação de políticas públicas em prol da indústria e como podem coordenar e induzir esforços para a superação dos desafios no caminho da desindustrialização, buscando a digitalização dos processos; a inovação, a economia circular, a descarbonização, a transição energética, a transformação tecnológica e a superação das desigualdades sociais.
Participaram do evento autoridades como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França; o presidente do CICS, deputado Heitor Schuch (PSB-RS), autor do requerimento para a realização da conferência; o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa; representantes do governo, de instituições públicas e do setor empresarial.
A programação incluiu a realização com quatro painéis, de duas horas cada, com especialistas em diferentes assuntos, que debateram temas relevantes como “Política industrial e a atuação dos bancos de desenvolvimento no contexto internacional”, “O papel do BNDES na neoindustrialização”, “Fomentando a inovação no setor industrial”, e “Experiências setoriais: oportunidades e desafios”.
O Pará foi representado pelo titular da Sedeme, Paulo Bengtson, no evento considerado por ele uma oportunidade de debater a implementação de políticas voltadas para o fortalecimento industrial, pautadas em práticas sustentáveis, garantindo a melhoria contínua do ambiente de negócios, a geração de empregos e renda e a qualidade de vida da população.
Sobre a participação no evento, o titular da Sedeme destacou a mudança na geopolítica no mundo, especificamente no âmbito industrial. “Hoje, as indústrias instaladas e as novas que pretendem se estabelecer no país, devem adotar um conjunto de padrões e boas práticas de ESG (sigla, em inglês, para Meio Ambiente, Social e Governança), que consiste em ações sustentáveis, carbono zero, ou seja, comprometidas com as mudanças climáticas do país. O Brasil, especificamente o Pará, tem as melhores e mais favoráveis condições de implantação de indústrias no Estado e no país. Nós temos uma política ambiental muito séria, um governo que está preocupado com meio ambiente e com a população da Amazônia. Queremos desenvolvê-la fortalecendo o desenvolvimento de base florestal do Estado em suas diversas potencialidades regionais, sem desmatamento e poluição dos rios, e estamos caminhando com passos largos para isso", declarou.
"O país está preparado para esse momento. Os grandes bancos, que fomentam a economia mundial, já estão limitando cada petrolífera em 40% de reserva dos poços de petróleo, que não podem ser extraídos. Esse posicionamento está forçando uma mudança energética no mundo, uma transformação muito rápida e o Brasil, especificamente o Estado do Pará, será o grande condutor, o protagonista, porque temos condições totalmente favoráveis para isso acontecer”, acrescentou Paulo Bengtson.
Texto por Aldirene Gama