Em São Paulo (SP), o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Paulo Bengtson, participou, na quarta-feira (24), de uma reunião com representantes da Grão Pará Bioenergia para discutir a futura instalação de uma refinaria de biocombustíveis em Redenção, sudeste do Pará, com foco na produção de etanol de milho. O etanol de milho é considerado uma fonte de energia renovável e menos poluente do que os combustíveis fósseis. Durante a reunião, foram apresentados os resultados das pesquisas que abordam a viabilidade econômica dos investimentos, a produção da matéria-prima e outros temas relevantes.
Conforme o titular da Sedeme, os dados apresentados pela empresa indicam que as negociações para a implantação da refinaria avançam de forma positiva, indicando um cenário favorável para a instalação da empresa no Estado. Com a chegada da refinaria, o Pará dará um passo significativo no processo de descarbonização, atraindo investimentos sustentáveis e contribuindo para o aprimoramento do desempenho do Estado na busca pela neutralidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
A proposta de instalação da refinaria foi apresentada ao governo do Pará em março de 2024. Os investimentos previstos superam R$ 2 bilhões até 2029, e prevê a criação de mais de 600 empregos diretos e cerca de 3 mil empregos indiretos. A empresa Grão Pará Bioenergia é constituída pelo Grupo Mafra, que atua na área da agricultura e pecuária, e o grupo CMAA, do setor sucroalcooleiro.
O projeto deverá processar mais de 1,5 milhão de toneladas de milho por ano, impulsionando ainda mais o desenvolvimento econômico sustentável no estado. Além do etanol, a indústria também produzirá o DDGS, um subproduto rico em proteína utilizado na ração animal, o que abrirá novas oportunidades de negócios considerando o potencial pecuário do Estado.
De acordo com projeções da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), a produção brasileira de etanol de milho deve alcançar 6 bilhões de litros na safra 2023/2024, alta de 36% em relação ao ciclo anterior e de 800% nos últimos cinco anos.
Por Aldirene Gama (SEDEME)
25/04/2024 10h29