Com foco no apoio a atividades produtivas ecologicamente sustentáveis e socialmente responsáveis, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) promoveu, nesta quarta-feira (29), uma visita técnica às instalações da Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), especializada na fabricação de produtos em juta (fibra vegetal utilizada para confecção de produtos como embalagens, bolsas e sacas), com o objetivo de promover uma aproximação entre a empresa e o Instituto Alachaster.
Com a iniciativa, o propósito da Secretaria é proporcionar uma parceria entre a companhia e a entidade do terceiro setor para projetos de empreendedorismo, economia e meio ambiente dentro da cadeia produtiva têxtil no Estado, ampliando oportunidades e levando mais consciência ambiental para diversas regiões do Pará.
Este ano, tanto a CTC quanto o Instituto Alachaster celebraram parcerias com a Sedeme. Entre outros objetivos, os acordos estabeleceram a oferta de cursos de capacitação para a produção de artefatos em juta em diversas regiões do Estado (CTC), e articulações públicas e privadas para viabilizar soluções sociais e ambientais que favoreçam a economia verde no Estado (Alachaster). Agora, a Secretaria quer aliar a expertise do Instituto e a principal produção da indústria têxtil situada em Castanhal para multiplicar oportunidades e benefícios para a economia paraense a partir da fibra natural.
“Apoiar iniciativas como esta, que têm foco na economia verde, é fundamental para o Estado, por isso estamos aqui para colaborar com essa atividade que é responsável por gerar muitos empregos no Pará. A CTC é uma das empresas incentivadas pelo Governo do Estado, por meio da Sedeme, por isso, ao trazer o Instituto Alachaster aqui hoje, o nosso objetivo é fortalecer ainda mais essa cadeia produtiva tão importante, destacando os inúmeros potenciais econômicos e sociais que essa aproximação pode proporcionar”, explica o Secretário Adjunto da Sedeme, Carlos Ledo.
Oportunidade - Segundo o gerente industrial da CTC, Robson Torres, a parceria representa uma oportunidade de trabalhar a visibilidade do que está sendo produzido no Pará para diversos mercados. “Junto com o Instituto, que é uma organização neutra, temos a oportunidade de levar adiante a mensagem e o valor que uma indústria como essa, de transformação local e 100% paraense, tem para o mercado e para os produtores também. Por meio dessa parceria, poderemos ampliar a visibilidade para essa cadeia e para a bioeconomia nos mercados paraense, nacional e internacional, a partir das inúmeras oportunidades que serão estabelecidas no nosso plano de trabalho”, explicou.
Para Soraya Costa, presidente do Alachaster, a visita técnica revelou um leque de oportunidades de trabalho conjunto entre o Instituto e a empresa, com benefícios para toda a cadeia produtiva. “Depois de conhecer a fábrica e todo o seu potencial, o que estamos visualizando são várias oportunidades como: trabalhar a visibilidade dessa produção, destacar os benefícios que isso traz para a bioeconomia do Pará, pensar em formas de reutilização do descarte de materiais pelos clientes finais, além de promover capacitações para que mais pessoas possam conhecer e se interessar pela produção de juta no Estado e todos os seus desdobramentos”, exemplificou.
Ainda de acordo com Soraya Costa, a ideia é destacar toda a relevância dessa produção para que haja mais estudos e investimentos no setor, o que traria benefícios para a CTC e para a economia como um todo. “Queremos falar do papel da CTC como indústria paraense e também de toda a cadeia produtiva que existe, que é sustentável e que trabalha com uma matéria-prima aqui da região e que tem diversas oportunidades de transformação”, concluiu.
Para a concretização da parceria, o próximo passo será a proposição de um plano de trabalho, que irá considerar projetos já elaborados pelo Instituto voltados para bioeconomia e economia circular, como a Feira da Economia Verde, a ser realizada no próximo ano. O próximo encontro entre a empresa e o Instituto está previsto ocorrer em janeiro de 2022.
Por Igor Nascimento (SEDEME)