Mesmo em um ano marcado pela pandemia, o setor mineral do Estado do Pará obteve desempenho positivo. De acordo com a sinopse da produção mineral do Pará divulgada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), houve incremento na produção de ferro, bauxita e cobre, além de resultados positivos na exportação mineral e o destaque do Estado como grande gerador da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
Segundo o relatório da Diretoria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da Sedeme, com base nos dados da Declaração de Minérios Extraídos - DME do sistema de Cadastro Estadual de Recursos Minerais - CERM, entre as principais substâncias minerais produzidas no Pará em 2020, que obtiveram incremento positivo na produtividade foram o minério de ferro, que alcançou 192,3 milhões de toneladas, obtendo um aumento de 1,9% em comparação a 2019, que foi de 188,78 milhões de toneladas.
A produção de bauxita também apresentou resultado positivo, totalizando 28,7 milhões de toneladas, que é um avanço na produção de 8,9%, em relação a 2019, quando foi de 26,4 milhões de toneladas. Já o minério de cobre obteve a produção de 902,7 mil toneladas, representando um incremento de 6,8% em relação a 2019, quando foram registradas 845,5 mil toneladas.
Exportação
Ainda de acordo com levantamento, no ano de 2020 a indústria de extrativismo e transformação mineral paraense exportaram, respectivamente, R$ 16,4 bilhões e a R$ 1,4 bilhão. Os principais produtos da transformação mineral exportados foram a alumina calcinada (R$1,144 bilhão), o alumínio (R$ 199 milhões) e o ferro gusa (R$ 62,5 milhões). E o minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao subiu 75% e foi a US$ 160 por tonelada.
Ainda de acordo com levantamento, no ano de 2020 a indústria de extrativismo e transformação mineral paraense exportaram, respectivamente, R$ 16,4 bilhões e a R$ 1,4 bilhão. Os principais produtos da transformação mineral exportados foram a alumina calcinada (R$1,144 bilhão), o alumínio (R$ 199 milhões) e o ferro gusa (R$ 62,5 milhões). E o minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao subiu 75% e foi a US$ 160 por tonelada.
Os principais produtos exportados pela indústria de extração mineral do Pará foram minério de ferro, gerando um lucro de US$ 13,968 bilhões, seguido de concentrado de cobre (US$ 1,899 bilhão), ouro (US$ 295 milhões), minério de manganês (US$ 260 milhões), bauxita (US$ 134 milhões), caulim (US$ 119 milhões). E a indústria de transformação mineral com destaque para o silício (US$ 67 milhões) e liga metálica ferro-níquel (US$ 166 milhões).
Além disso, o minério de ferro, a soja e o petróleo lideram a pauta de exportação do país. Em receita, houve uma alta de 14,3% nas exportações de minério de ferro, com o preço médio subindo 16,7% na comparação com 2019, fechando o ano com a média de US $108,49 por tonelada.
De acordo com o Diretor de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da Sedeme, Ronaldo Lima, o resultado positivo relacionado à exportação de ferro esteve vinculado a alguns fatores importantes como a rápida recuperação econômica da China, maior importadora global deste tipo de minério, durante a crise da Covid-19. “Além da oferta limitada, a cotação do minério cresceu e, com ela, a geração do CFEM. O aquecimento do setor e as altas dos preços das commodities aliados à alta do câmbio do dólar também contribuíram para o crescimento da economia mineral no ano de 2020”, destacou.
Arrecadação
Pelo segundo ano consecutivo, o Estado do Pará foi o maior gerador da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) – conhecido tecnicamente como o royalty do setor - com R$ 3,1 bilhões. De acordo com os dados publicados pela Agência Nacional da Mineração, o destaque foi o minério de ferro, responsável por 85,77% de toda a arrecadação estadual (ANM, 2021).
Os números publicados também revelam a forte concentração da atividade mineradora no Brasil: juntos, Pará e Minas Gerais respondem por 90% de toda a arrecadação mineral. O ranking dos dez maiores municípios mineradores é formado apenas por paraenses - os líderes Parauapebas e Canaã dos Carajás - e mineiros.
Pelo segundo ano consecutivo, o Estado do Pará foi o maior gerador da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) – conhecido tecnicamente como o royalty do setor - com R$ 3,1 bilhões. De acordo com os dados publicados pela Agência Nacional da Mineração, o destaque foi o minério de ferro, responsável por 85,77% de toda a arrecadação estadual (ANM, 2021).
Os números publicados também revelam a forte concentração da atividade mineradora no Brasil: juntos, Pará e Minas Gerais respondem por 90% de toda a arrecadação mineral. O ranking dos dez maiores municípios mineradores é formado apenas por paraenses - os líderes Parauapebas e Canaã dos Carajás - e mineiros.
“A privilegiada localização geográfica do Estado do Pará deu condições geológicas para formação de uma grande diversidade mineralógica que resultou em extraordinários depósitos minerais e consequentemente em uma enorme potencialidade para o aproveitamento econômico desses recursos. Além das condições naturais, o bom ambiente de negócios e a capacidade de atração de novos projetos tornou o Pará como maior produtor de minérios do Brasil e também maior arrecadador de CFEM”, destacou o diretor da Sedeme.
Emprego
Segundo estudos do DIEESE/Pa, através do Observatório do Trabalho do Pará em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), no ano passado (Jan-Dez/2020) o emprego formal no setor extrativo mineral apresentou saldo positivo de postos de trabalho. Ainda de acordo com o DIEESE/PA, foram feitas no período analisado (Jan-Dez/2020) um total de 4.796 admissões contra 2.602 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.194 postos de trabalho, representando em torno de 38% dos 5.670 empregos gerados no setor da indústria paraense no último ano. Na análise do DIEESE/Pa, envolvendo os estados da Região Norte, o Pará também foi o que mais gerou empregos formais no setor extrativo mineral entre todos os demais estados da Região Norte.
Segundo estudos do DIEESE/Pa, através do Observatório do Trabalho do Pará em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), no ano passado (Jan-Dez/2020) o emprego formal no setor extrativo mineral apresentou saldo positivo de postos de trabalho. Ainda de acordo com o DIEESE/PA, foram feitas no período analisado (Jan-Dez/2020) um total de 4.796 admissões contra 2.602 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.194 postos de trabalho, representando em torno de 38% dos 5.670 empregos gerados no setor da indústria paraense no último ano. Na análise do DIEESE/Pa, envolvendo os estados da Região Norte, o Pará também foi o que mais gerou empregos formais no setor extrativo mineral entre todos os demais estados da Região Norte.
A engenheira ambiental, Ana Karla Pontes, 27 anos, estava há quatro meses desempregada, depois de concluir o mestrado, e conseguiu o primeiro emprego na Mineração Paragominas, mina de bauxita da Hydro, localizada no município de Paragominas, em julho de 2020. Atualmente ela está lotada na Gerência de Área de Meio Ambiente e Sustentabilidade e sua atividade principal é fazer o geoprocessamento, gerando informações às equipes de licenciamento ambiental e dos programas de monitoramento e controle da empresa.
“Na empresa, tenho o incentivo dos meus gestores, com feedbacks positivos do trabalho. Não pretendo abandonar essa carreira, porque na Mineração Paragominas vejo que posso crescer e quero muito esse desenvolvimento da minha vida profissional. Desde a infância, sempre tive vontade de trabalhar em uma das unidades da Companhia”, destacou a engenheira ambiental.