Entre todos os estados do Norte, o Pará lidera a geração de empregos no setor da indústria, em geral, nos primeiros oito meses deste ano. Foram criados mais de cinco mil novos postos de trabalhos com carteira assinada, segundo pesquisa do Dieese Pará (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada nesta terça-feira (11). O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), tem criado políticas públicas para fomentar o segmento no Pará.
"Nosso trabalho é de proporcionar um ambiente de negócios favorável, com estabilidade econômica, em parceria com empresas privadas e a indústria, através de diversas iniciativas e políticas públicas. O protocolo de intenções para verticalização mineral é uma delas, com a parceria entre o governo e a iniciativa privada promove a transformação mineral, como exemplo: a Fábrica de Cimentos da CSN, a Refinaria de Ouro, Laminadora de Aço e a implantação da primeira planta comercial da Tecnored; o que contribui para além dos recursos humanos do povo paraense, a apropriação das riquezas geradas pela exploração mineral", explica José Fernando Gomes Jr., titular da Sedeme.
De acordo com o estudo do Dieese, de janeiro a agosto deste ano, o Pará realizou 34.148 admissões, contra 29.120 desligamentos, com a geração de 5.028 novos empregos. O estado do Amazonas ficou em segundo na pesquisa, com a criação de 3.497 novos postos. Em toda a região Norte foram feitas 92.260 admissões, contra 79.764 desligamentos, com a geração de 12.496 novas vagas no total.
Incentivos - Diretor de Relações Institucionais do grupo Oleoplan, que instalou uma usina de biodiesel em Tomé-Açu, nordeste paraense, o executivo Leonardo Botelho Zilio, destaca a importância dos incentivos que o Estado proporciona para que as empresas possam se instalar no território paraense. A fábrica foi inaugurada em maio deste ano, com a participação do Governo do Estado, por meio da Sedeme e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec).
"O governo do Estado do Pará, a administração atual, tem umas características marcantes, como o profissionalismo das equipes. Tivemos a oportunidade de discutir, de pensar nesse projeto, e implementá-lo, então, essa questão de profissionalismo, de confiabilidade, faz com que o Pará se apresente como um Estado em que o ambiente de negócios é muito propício", afirmou Leonardo Zilio.
Ele acrescentou: "nós conseguimos sentir isso enquanto investidor, enquanto empresa que investiu no Estado. Então, as questões administrativas, incentivos fiscais, são uns dos exemplos que poderíamos citar para que isso acontecesse. O governo do Estado propicia para o investidor esse ambiente de negócios diferenciado, que no fim, faz a diferença. Temos um ambiente de negócios sólido e confiável, com visão de longo prazo. Tudo isso pudemos observar no Estado do Pará".
Para continuar proporcionando novos negócios, a Sedeme também desenvolve outras ações que promovem a geração de emprego e renda no Estado. "Investimos em infraestrutura, fomento e promoção da cadeia produtiva mineral e apoio aos fornecedores. Presidimos a Comissão da Política de Incentivos - podem ser concedidos nas hipóteses de implantação de novos empreendimentos de verticalização mineral no Estado, consequentemente contribuindo para a abertura de novas minas, promovendo o desenvolvimento através da geração de emprego e de renda na região em que os projetos se inserem. Temos também o Crédito do produtor, que destina-se às empresas e cooperativas de verticalização; e financia a inovação e tecnologia mineral promovendo geração de renda e emprego", completa o secretário José Fernando Gomes Jr.
Agosto - O Pará também liderou os números em agosto deste ano no setor de Indústria, em geral. Foram feitas, em todo o Estado, 5.122 admissões contra 3.876 desligamentos, com a geração de 1.246 postos de trabalhos. No período, a maioria dos estados do Norte tiveram saldos positivos de empregos formais, com destaque para Pará (1.246). Apenas o Acre (-26) apresentou saldo negativo de empregos. Em toda a região Norte foram realizadas 3.472 admissões contra 10.772 desligamentos, com a geração de 2.700 postos de trabalhos formais no total.
Por Bruno Magno (CPH)