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Em um ano marcado pela pandemia de Covid-19, com impactos severos na economia mundial, o Pará apresenta saldo positivo no Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% em 2020, superando a alta de 2019, que foi de 1,6%, e se destacando na Região Norte, que registrou o aumento de 0,4% diante de um cenário de queda histórica de 4,1% do PIB nacional. Os dados são do Banco Central do Brasil (Bacen), por meio do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), divulgado na última sexta-feira (5).

De acordo com o Bacen, ao contrário das regiões Sul e Nordeste do País, que registraram retração de 2,1%, seguidas da Região Sudeste (-1,3%), o Norte do Brasil apresentou desempenho positivo diante do cenário econômico afetado pela crise sanitária, devido ao alto volume de auxílios emergenciais pagos para amenizar os efeitos da crise sanitária, estimulando a atividade comercial, que superou as demais regiões. Foram mais de R$ 27,8 bilhões no ano passado, sendo R$ 14,7 bilhões para o Estado do Pará (53%).

Conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) Covid-19, feita pelo IBGE, a cobertura do auxílio emergencial no Pará chegou a 1,5 milhão de domicílios no mês de novembro, fazendo a renda média domiciliar no Estado atingir R$ 861,34.

Comércio aquecido - Ainda de acordo com o levantamento, um dos resultados significativos para o Estado foi o aumento de 8,7% nas vendas no conceito ampliado, que inclui, além das oito atividades do varejo, veículos, partes, peças e materiais de construção, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. Os dados da economia paraense se destacaram no registro positivo de desempenho das vendas na Região Norte, que foi de 6,9%.

O Banco Central também destacou que a confiança do empresariado vem se aproximando do patamar do cenário anterior à pandemia, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) e o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Cei), divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os dados referentes à geração de empregos no Pará também refletem o desempenho positivo diante da crise provocada pela pandemia. O IBCR destacou que os impactos no mercado regional foram bem menores, e no último ano a Região Norte registrou saldo de 30 mil empregos formais no quarto trimestre, encerrando o ano com 62,3 mil postos de trabalho. Neste contexto, o Pará foi o terceiro estado que mais gerou empregos no País, registrando 32.789 novos postos de trabalho com carteira assinada, sendo o melhor desempenho desde 2012, quando foram gerados 40.503 postos.

Agricultura e construção civil - O boletim também destaca outro fator importante que influenciou no resultado positivo do PIB do Estado. Os setores da agricultura e construção civil também lidaram bem com a pandemia de Covid-19.

 

O setor da agricultura registrou alta de 5,2% na produção de grãos, enquanto na construção civil o número de empregos gerados foi de 9,3 mil. Já a indústria extrativa apresentou expansão, mas em menor escala.

De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, René de Oliveira e Sousa Júnior, a economia paraense não estagnou em 2020. “A prova disso é a receita estadual. O crescimento da receita total em 2020 foi de 11,9% real, em relação ao ano anterior”, informa o titular da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa).

Isso ocorreu, segundo ele, por diversos motivos, entre os quais as ações de estímulo à atividade econômica e à manutenção das famílias, como os programas do governo do Estado Renda Pará e Fundo Esperança, e a distribuição de vale digital escolar para alimentação de alunos da rede pública estadual de ensino.

“Na Fazenda Estadual, vale destacar o trabalho que não foi interrompido, mesmo durante o pior período da pandemia de coronavírus, e as ações de combate à sonegação”, reitera René Sousa Júnior. O secretário destaca, também, a concessão do auxílio emergencial do governo federal às famílias de baixa renda. “A atividade industrial caiu no País, mas no Pará não temos grande indústria de transformação, mas grande indústria extrativa, destacando-se a mineradora. Ao contrário do País, no Pará a economia cresceu, em parte por causa da atividade mineradora, que aumentou muito a exportação em 2020”, ressalta René Sousa Júnior, acrescentando o crescimento do segmento agropecuário, com grande avanço na exportação de gado, soja e outros produtos.

Impacto positivo – Na avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Carlos Ledo, o governo do Estado, desde o início da pandemia de Covid-19, vem adotando medidas que impactam positivamente na saúde da economia paraense. Ao instituir o Programa Fundo Esperança, o governo garantiu o financiamento com juros subsidiados para socorrer empreendedores individuais, microempresas, empresas de pequeno porte, cooperativas e trabalhadores da economia criativa e informais. O Fundo disponibilizou aproximadamente R$ 160 milhões para o financiamento dos pequenos negócios afetados pela crise econômica.

"Além desta iniciativa, o governo do Estado e o Banpará (Banco do Estado do Pará) estabeleceram linhas de crédito especiais para subsidiar a folha de pagamento das empresas e antecipação de recebíveis a prestadores de serviços. Outra ação importante que contribuiu para o desempenho positivo do PIB paraense foi o Programa Renda Pará, que injetou mais de R$ 100 milhões na economia paraense, o que garantiu a recomposição da renda das famílias. Além disso, os programas e ações do governo estadual, somados ao crescimento do agronegócio e da construção civil, ajudaram na melhoria da economia paraense", ressaltou Carlos Ledo.

O titular da Sedeme também destacou o desempenho positivo da agricultura paraense. "A mais importante e atrativa fronteira agrícola do Brasil é o Pará. Por isso, o Estado tem mantido uma postura exemplar quanto à questão da sustentabilidade ambiental sem comprometer o desenvolvimento dessas atividades econômicas. A construção civil, que também é fruto da diversificação da atividade econômica no nosso Estado, vem contribuindo com o maior percentual da geração de empregos formais, além da atividade econômica do comércio, que apresentou bons resultados", reiterou o secretário.

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