O governo do estado segue auxiliando empresas afetadas pela pandemia de Covid-19, por meio de pacotes econômicos. O “Ponto do Marisco” é um desses empreendimentos. O dono do local, Moisés da Conceição Cunha, abriu o espaço há três anos, mas nos últimos meses sentiu no bolso as consequências da pandemia. No entanto, o Programa Incentiva + Pará ajudou a manter as atividades da empresa. “Eu achei ótima essa ajuda que o governo deu. Como eu trabalho com vendas no mercado, as vendas caíram muito, inclusive, agora com essa doença da urina preta. Então, as pessoas recuaram do mercado e para quem trabalha nesse ramo de venda de peixe, camarão, mexilhão, caiu muito. Essa ajuda foi muito importante para a gente. Eu agradeço de coração”.
O “Ponto do Marisco” foi apenas uma das 2.500 empresas que receberam o auxílio de R$ 2 mil do Governo do Estado do Pará. O benefício era voltado para empresas cujas atividades econômicas principais estivessem listadas no Anexo Único da Lei 9.237/2021. A empreendedora Raimunda Santos, foi outra, cuja empresa foi beneficiada no 6° e último lote de pagamento do Incentiva + Pará. Dona Rai, como é conhecida, possui há quase 40 anos, uma lanchonete na Prodepa, onde trabalha com o fornecimento de doces e salgados. No entanto, apesar da vasta experiência, ela não conseguiu escapar das dificuldades deixadas pela pandemia.
“Esse dinheirinho, que veio pra mim, caiu do céu porque na pandemia eu quebrei. A gente quando trabalha com alimentação tem muitas contas, gasta muito, porque o material tá muito caro. Então, foi uma loucura. Passei seis meses com a lanchonete fechada. A coisa só não foi mais feia porque eu trabalho muito. Eu ligava para as minhas clientes, minhas amigas, até mesmo para as pessoas da Prodepa. No final de semana, fazia as comidas típicas, fazia bolo, salgado, torta, pão de rosa, ligava pra eles e eles vinham à minha residência. E foi isso que me safou na época”, conta a empresária.
Dona Rai revela ainda que esse auxílio do governo tirou a corda que ela estava no pescoço. Situação semelhante à vivida por Rosemir Monteiro de Sousa. “Eu trabalho com uma lanchonete pequena que eu montei em frente a minha casa, já tem dois anos. E durante a pandemia foi muito ruim porque fechou tudo e não tinha movimento. Eu fechei por três meses, depois mais três meses no início deste ano. Eu acabei atrasando muitas contas. O movimento caiu muito, cerca de 50%, e eu tava com muitas dívidas. Mas agora com esse auxílio do Governo do estado, vai ajudar 100% mesmo. Se não fosse essa ajuda do Governo seria trágico porque a pandemia foi muito ruim pra mim, em todos os aspectos”, revela Rosemir.
O benefício foi depositado diretamente na conta cadastrada pelo responsável da empresa no ato da inscrição. Entre os empreendimentos que receberam o valor estão: bares, restaurantes, lanchonetes, academias, arenas, ginásios clubes sociais e esportivos, atividades de condicionamento físico, agências de viagens, operadores turísticos, serviço de bufê para recepção e eventos, fornecimento de alimentos preparados para empresas, serviço ambulante de alimentação, atividades de recreação e lazer, discotecas, danceterias, salões de danças, entre outros similares. Ao todo, mais de R$ 5 milhões foram disponibilizados nesta etapa.
Segundo a técnica responsável pela coordenação dos pacotes econômicos na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Raquel Albuquerque, esses pacotes econômicos servem para dar mais fôlego a empreendimentos de todo estado do Pará. “As políticas públicas implementadas no combate dos efeitos econômicos da COVID-19 como o Programa Incentiva + Pará devem apresentar resultados satisfatórios quando os recursos são bem direcionados, garantindo a retomada do desenvolvimento econômico”, conclui Raquel Albuquerque.