A qualidade, o aroma e o sabor do cacau paraense são únicos, e precisam ser divulgados, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), que desenvolve iniciativas para valorizar e reforçar o potencial econômico do chocolate paraense, no Estado, além de garantir suporte aos produtores regionais. Nesta quarta-feira (7), é celebrado o Dia Mundial do Chocolate.
“Além dos grandes e minifestivais que incentivam a produção regional de cacau e de chocolate, a Sedeme faz todo o acompanhamento do segmento, com a oferta de oficinas aos produtores paraenses, apoio para acesso ao crédito, fomento do empreendedorismo com parceiros como o Sebrae, divulgação de destinos turísticos relacionados ao fruto, com apoio da Setur, entre outras iniciativas”, destaca a coordenadora de Mercado da secretaria, Luciana Centeno.
Desde o início da atual gestão, a Sedeme incentiva a organização dos produtores, em associações, para facilitar o diálogo com os profissionais. A criação da Associação de Produtores de Chocolate de Origem no Pará, que conta com 10 empresas afiliadas, é fruto dessa iniciativa.
Fábio Sicilia, produtor de chocolate regional e presidente da associação, explica que as ações e o apoio da Secretaria aos produtores paraenses, em eventos nacionais e internacionais, ajudam a construir um senso de referência no consumidor, valorizando o chocolate paraense e incentivando a melhorar ainda mais a competitividade de mercado.
“O nosso chocolate tem potencial para ser reconhecido como um dos melhores do mundo, principalmente pela qualidade do cacau do Estado. Os eventos realizados pela Sedeme são importantíssimos, porque, além da divulgação do nosso chocolate, também serve como espaço para o consumidor reconhecer o produto de qualidade que oferecemos e diferenciar daqueles que ainda não têm o mesmo padrão de excelência”, destaca o presidente da associação.
O gerente da empresa Filha do Combu Chocolates e Doces Artesanais, Mario Carvalho, ressalta que o Pará vive um momento muito favorável, em relação ao turismo gastronômico. Permitir que o público conheça o processo de produção do chocolate, desde a origem, as plantações, características de clima, de solo, é fundamental, segundo o produtor.
“A gastronomia paraense desperta o interesse de muitas pessoas do Brasil e do mundo. O chocolate vem ganhando seu espaço, conquistando o paladar das pessoas e por isso, inseri-lo nos principais atrativos gastronômicos do Estado, é muito importante. Devemos preservar as características do fruto em todas as etapas, desde a colheita, seleção dos grãos, fermentação, secagem e torra, para que não perca propriedades e qualidade”, afirma Mario Carvalho.
FESTIVAIS
O Chocolat Amazônia 2019 - VI Festival Internacional do Cacau e Chocolate, foi um dos eventos mais importantes do poder executivo estadual, realizado no segmento. Em 2019, foram realizados também, minifestivais, no Espaço São José Liberto - Polo Joalheiro, que vem se consolidando como um centro de comercialização de produtos paraenses.
Em 2020, devido à pandemia, houve apenas uma edição. Este ano, também deve ocorrer a edição única do minifestival, por conta da pandemia da Covid-19. “A importância dos festivais não se resume à vitrine ou à comercialização pontual, mas também à exposição dos produtos e produtores, os contatos que são feitos através deles e como isso vai se tornando outras iniciativas, ao longo do ano. Queremos retomar a programação dos nossos grandes eventos na capital e também fazer um grande festival Regional na região do Xingu”, assegura Luciana Centeno.
O Governo do Pará entregou neste mês, em Medicilândia, município da Região de Integração Xingu, a nova Escola Indústria de Chocolate. O investimento é para colocar o Pará no topo da produção nacional. Há seis anos, o Pará é o maior produtor de cacau do Brasil, e em breve deve se tornar o Estado com o maior número de marcas de chocolate disponíveis no mercado.
Por Giovanna Abreu (SECOM)