Mais uma ferramenta em apoio às cadeias produtivas locais e ao empresariado paraense foi criada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme). É o “Do Pará Mercado”, projeto lançado na quinta-feira (01), durante o “Círio na Estação 2020”, no Armazém 3 da Estação das Docas, com o objetivo de levar os diversos segmentos das cadeias produtivas prioritárias do Estado para eventos e, dessa maneira, incentivar a comercialização dos diversos produtos feitos com matéria prima local.
A coordenadora de mercado da Diretoria de Industria, Comércio e Serviço (DDICS) da sedeme, Luciana Centeno, explica que a ideia foi estimulado pela grande demanda do empresariado local, “Na verdade, o projeto nasceu de uma evolução, a gente já vinha dando apoio para a cadeia do cacau e chocolate, flores e joias e mini festivais lá no Polo Joalheiro, que ocorreram durante todo o ano passado, e havia uma grande demanda do empresariado paraense para que outras cadeias fossem contempladas, então é um projeto que ficou maior e com o intuito de levar os diversos segmentos da cadeia produtiva do Estado para eventos e, também, com a possibilidade de criação de lojas colaborativas”.
O projeto está sendo exposto dentro da programação “Círio na Estação 2020”, e apresenta quatro estandes para a comercialização de produtos das cadeias da indústria de alimentos, cosméticos, confecção e moda, artesanato, além de gemas e joias. Tudo produzido no Estado e com matéria prima de origem.
“Esse tipo de projeto tem uma importância muito grande, primeiro por ser um projeto que vislumbrou o pequeno, como as produtoras de bombons. Ele é um projeto muito bem pensado, pois a partir do momento que você integra essas produtoras, que já possuem uma grande experiência nos recheios, e você coloca nos recheios um chocolate de boa qualidade, você dá qualidade de vida, qualidade no produto. Hoje, esse projeto para essas pequenas produtoras significa muito, tem mulheres que cresceram tanto na qualidade do produto delas que hoje em dia elas tem condições de viver daquilo que elas produzem”, conta Márcia Quadros, engenheira e coordenadora da Rede de Cooperação Mãos Solidárias. Ela fala ainda, que enxerga nesse tipo de iniciativa uma importância além de financeira, mas também social.
E sobre vulnerabilidade social a Edilamara Pimenta sabe bem. A assistente social e coordenadora do Centro Irmã Josélia da Silva, localizada no Parque Guajará, em Belém, também reforça a responsabilidade humanitária que projetos do Governo, como o “Do Pará Mercado”, representam na vida de muitas pessoas como as mulheres assistidas pela entidade sem fins lucrativos a qual ela atende, “Todo dia, toda hora a gente está ouvindo o grito, o clamor das pessoas, principalmente agora, com a pandemia, piorou muito, e essa oportunidade de vir participar, esse incentivo para gente agora foi muito bom. Desde março está tudo parado, então como essas pessoas vão ganhar o alimento de cada dia? Então assim, para a gente, veio em boa hora essa oportunidade. Vir para uma feira como essa que o Governo nos trouxe, significa, além de vender, levar melhor condição de vida para as pessoas”. Edilamara finaliza enfatizando a força que o projeto irá gerar no trabalho das produtoras de bombons, “ isso vai ajudar a alimentar essas pessoas que, muitas vezes, vem de uma realidade sofrida, sem perspectiva de vida, de condição”.
A exposição ocorrerá de 1° a 31 de outubro, sempre das 10h às 22h, no Armazém 3 da Estação das Docas. A entrada é franca.